Pode estar frio, a chover, de dia, de noite, de madrugada... posso estar saudável, doente, pseudo-doente (é quando os médicos resolvem dizer que sim e nós resolvemos dizer que não) que o mar é a terapia que me falta, que me recupera, que me faz sentir bem... Domingo à noite, em horas não aconselháveis a passear na praia (vim embora mais pelo medo do que pelo frio) lá fui passear pela Foz... Com o som mental da senhora das chaves e acreditando que ela tem razão! :) (e não me insultem, sff.. desta vez não há gajos ao barulho! :))

Toda a gente (quem não sabia, ficou a saber) que eu sou uma parva e lerda que só visto (verdade! Quem não me conhecer, só com isto contado (aka lido) também não acreditará!)! Que quando acredito numa pessoa demoro a desacreditar, que quando sou amiga, demoro a desamigar and so on and so on... Mas também toda a gente sabe que quando me dá o mau feitio a coisa costuma vir em doses sérias! Este fds, enquanto falava com amigos (aqueles pouquinhos, pouquinhos que nós temos mas que fazem parecer que temos um mundo deles) enquanto um dizia "eu não quero que tu deixes de me curtir, f@d@-se (a gente é do Norte, 'tá?), outros riam à gargalhada (o meu paizinho sempre disse que quando me zango fico mesmo engraçada!) enquanto outra dizia uma coisa que me ficou "tu AINDA te dás ao trabalho"... Verdade e não me envergonho nada de ser aquilo que classifico sempre como tótó (a palavra que tem dois acentos em tuga porque eu assim o decidi! e não me venham com exemplos que contenham o til porque isso não é um acento, mas um sinal auxiliar da escrita!)

Ora, aquele intróito serve apenas para dizer que eu dou a cara quando faço as coisas! Por exemplo, eu sou gaja para ligar 50 vezes para alguém que sei que não me atende, mas coloco o meu número... na loucura, se quiser mostrar um ponto de vista, ligo de um número diferente, mas COM número! Por isso, quando me ligam 50 vezes de um número anónimo (foi fofo no início, não recebia toques desde a faculdade, mas já chega!!!), quando me fazem chamadas fantasma, quando colocam anúncios ou publicitam o meu número/mail e o falo que vos copule aquilo que eu desejo não é paz e amor... não... o meu desejo vem mais em forma de elefante e o resto fica ao critério da vossa imaginação!

Depois de:

espero que JC tenha sentido de humor... Caso contrário, afastem-se de mim porque é provável que o próximo fenómeno natural aconteça por estas bandas... 

Esta noite, acordei com um estranho sonho... curiosamente, e ao contrário do que é habitual, lembrava-me de tudo, chegando a pormenores que se não eram patetas, seriam, certamente, patéticos.

Sonhei que estava numa estranha sala de cinema, uma espécie de sala privada a ver um filme com dois amigos e crianças (tudo normal, adoro cinema, adoro crianças!). Um dos miúdos resolveu sair da sala e trouxe com ele um "amiguinho" e uma bola! A bola era a perdição daqueles miúdos e ouvia aquelas gargalhadas próprias das crianças que nos deixam com um sorriso, independentemente de quão tristes nos sintamos. Mas a bola fugiu... e eles ficaram tristes, por isso, eu fui atrás da bola. Estávamos num parque enorme com um lago e a bola fugia no lago. O chão estava gelado, e lá andava eu sobre a neve e o gelo a tentar encontrar a bola... Ora, num daqueles pormenores próprios de um sonho, a bola transformou-se em gato (tínhamos falado de gatos ao allmoço, foi por isso, seguramente!) quando a finalmente a alcancei. Estava suja (ou sujo) e magoado... E lá estive eu a limpá-lo (a uma distância que considerei de segurança) e a tentar curar o bichinho que, enquanto precisou de mim, esteve sempre quieto... Como é normal nestas situações, senti-me próxima do bichinho e fiz-lhe miminhos... Nesse momento, o bicho tentou morder-me e acordei assim meia sobressaltada e a dizer "toda a gente sabe que mordidas de gato são as piores"! :)

O sonho não é tão estranho, mas dou todo o mérito ao meu subconsciente por ter arranjado uma história tão parva para me mostrar o meu estado de espírito! São as pessoas de quem mais gostamos que nos dão as maiores dores, é sabido! E o resto? O resto é tão verdadeiro... Mas não consigo agir de outra forma. As pessoas que vêm a seguir podem ser realmente boas e não têm o direito de ser julgadas pelas pessoas do passado! Provavelmente continuarei a magoar-me... Paciência!

Depois de, numa tarde em família, a minha rica mãzinha ter resolvido anunciar ao mundo que, quando estendo a roupa, as molas têm que ser todas da mesma cor, o meu paizinho resolveu ser solidário com a minha dor.

Em primeiro lugar, o senhor meu pai riu com tios e primos e perguntou "a sério?!" e enquanto a mãezinha praguejava como era possível que ele nunca tivesse reparado, eu, que às vezes sou muito prática, resumi aquele lapso a um "é gajo, claro que não olha para a cor das molas". Eu lá lhes expliquei que aquilo me fazia muita confusão, que já estava muito melhor, mas ver as cores misturadas nem dormir bem me deixava! Lá acrescentei que isto não é nenhum transtorno obcessivo compulsivo, que é só uma panca e cada um tem a sua... y punto!

Ora agora que, por imperativos de saúde, temos de dividir as tarefas do lar, o homem, quando tem de estender roupinha, uma pecinha de roupa que seja, tem o cuidado que as ditas cujas sejam da mesma cor. Diz ele que não quer que eu, ao olhar para o estendal, fique aborrecida! Um docinho, certo?! :)

Fui ontem informada que não poderia protestar hoje! Que sou um nicho da geração e que não sirvo de exemplo para nada! Rais parta... Eu que nunca pensei protestar até fiquei com vontade, caramba! Detesto que me digam não faças isso...

Ora e por que raio não sou exemplo?! Porque tenho menos de 30 anos, porque não estou numa situação precária, porque até sou quadro efectivo a meia dúzia de km de casa, porque ganho mais de 500 euros (mas já ganhei isso, no início!), porque, só este ano, já recusei algumas propostas de trabalho e tenho emprego na área em que me formei... Aqui há uns tempos, um colega deu uma resposta muito boa a um colega meu de profissão que apresentou as mesmas queixas para comigo, mas, como a considero injusta, lembrei-me dela e fiquei caladinha... Preferi a sorte e respondi isso mesmo "sim, tive sorte!", até porque a inteligência não é para aqui chamada! (E nem falo do QI assim puro e simples: as nossas escolhas podem, ou não, revelar algo... pormenores!)

Adormecer no colo dele já não é sinal de proximidade... nãããã... o sinal de proximidade é deixá-lo dar-me beijinhos no nariz sem rosnar "amiguinho, o meu nariz é como as vacas da Índia: sagrado!"

E se inicialmente me senti mal porque eram sentimentos que me eram estranhos e considerava que o que deveria sentir era um "nada", agora não... Fez-me mal, certo?! Então, desejo-lhes o dobro do que me disseram/fizeram/desejaram... E eu tenho muito que posso desejar  (até anúncios em páginas manhosas já tive! :))