Nunca me consigo decidir se gosto, ou não, que as pessoas ainda me desiludam; se por um lado sinto que sou parva, que ainda acreditava, por outro sinto-me feliz por ainda não me ter tornado uma pessoa amarga, desconfiada e sem capacidade de confiar só porque sim (que é uma razão tão válida como outra qualquer!!).
O ano que terminou foi pródigo em fazer-me descobrir que confio nas pessoas erradas... analiso e, tirando uma pessoa (que parcialmente entendo porque se afastou... as gajas afastam-se por causa de gajos, paciência! :)), sei que, desde o início nunca confiei totalmente, que quando me avisavam "estás a confiar demasiado", "olha que ele/a não é quem/como tu pensas", eu anuía, eu até dava mais motivos para que me dissessem "estás a ver?", mas continuava a confiar... queria acreditar que iriam mudar ou que comigo seriam diferentes, tal e qual miúda apaixonada que considera que ele muda!
Não gosto de culpabilizar os presentes pelos erros do passado; gosto de começar uma página em branco com cada pessoa que entra na minha vida o que me leva, frequentemente, a ouvir "não aprendes nada". Gosto de acreditar que os meus amigos são os melhores, que estão sempre lá quando preciso, mesmo que eles tenham sofrido um refresh, custoso, é certo, bem demorado, mas foi feito. A verdade é que Richard Bach estava certo, se libertarmos alguém e ele não voltar nunca foi nosso! Serve para amor e amizade... Gosto de pensar que este exercício, que me foi custoso, me trouxe apenas os melhores amigos...
É um facto: a ingenuidade fica-me bem! :)
Enviar um comentário